Uma boa pedida de férias é o show com a cantora brasiliense, Luciana Oliveira, ex-backing vocal da banda Natiruts, nesta quarta-feira, dia 15 de Janeiro, a partir das 20h, no Créole Bar, na Lagoa da Jansen. Ela será recepcionada pela banda de reggae maranhense, Crioulo D`Ifé formada por: Thiago Guterres (voz e baixo), Felipe Lisboa (guitarra), Ricardo Sá (teclado), Paulinho Akomabu (percussão e vocal) e Tom Batera (bateria).
Em passagem pela quarta vez a São Luís, Luciana aproveita para mostrar o seu trabalho solo e autoral, em que ela vai incursionar por canções do seu disco, “A Deusa do Rio Níger, lançado em 2017. O álbum Deusa do Rio Níger traz muito engajamento a começar pelo nome, uma canção de Elza Soares, grande referência com quem Luciana já dividiu o palco. A música foi regravada e está na nova coletânea. A cantora também destaca “Neide Candolina”, de Caetano Veloso, cuja palavra “preta” é sempre acompanhada de um adjetivo positivo. No repertório constam ainda: Lance, Deus do Rio Níger, O Tempo é Mais, O Mar e Amar, além de Veleiro Azul, música de Luiz Melodia.
Vinda de uma família extremamente musical, tem como primo o vocalista da banda Natiruts, Alexandre Carlo, em que foi integrante como backing vocal, Luciana manifesta a sua relação afetiva com o Maranhão interpretando alguns reggaes acompanhada da banda Crioulo D´Ifé. Para Thiago Guterres, este é um momento de conexão entre o Maranhão e o Distrito Federal, representado pela cantora Luciana Oliveira. “Será também um momento de celebrarmos a música da diáspora negra em uma casa cultural cuja sua principal missão é a construção de uma nova subjetivdade negra, e através dela, se pensar a possibilidade de fortalecer a autoestima, dignidade, pertencimento e a ancestralidade’, defende.
Na ocasião, a banda Crioulo D´ifé vai apresentar o seu repertório que embala o circuito do reggae aqui, acolá, em qualquer lugar que são convidados para mostrar a potência do som jamaicano produzido na Capital Brasileira do Reggae. A festa conta ainda com a presença do DJ Pedro Sobrinho. Convidado para aquecer a plateia, o DJ promete um setlist bem variado e dançante.
Já que será um encontro em uma quarta-feira de férias e atípica para se celebrar a música “preta”. Nada melhor que abrir os trabalhos com muito raggamuffin, rockysteady, dub, dancehall, Afro Trap, Afrobeat, enfim, a intenção é chamar as pessoas pro baile e garantir a diversão – adverte
Luciana Oliveira – Realizou shows pelo Brasil, com destaque para Festival 061 em Brasília, projeto Quintas no BNDES no Rio de Janeiro, Festival Bohemia em São Paulo e foi contemplada com os prêmios de circulação de shows do SESI, Caixa Cultural e Proac edital e Icms em São Paulo.
Gravou em 2011 com a lenda viva do dub Mad Professor, em seu estúdio em Londres, um projeto que mescla música brasileira e reggae.
Em abril de 2017 idealizou o show Canções de Liberdade que aconteceu em duas apresentações no Sesc Pompéia com sucesso de público e crítica. O show contou ainda com as participações de Liniker, Maíra Freitas, Jesuton e Eduardo Brechó.
O fato do novo álbum, e terceiro da carreira, da brasiliense Luciana Oliveira ter o mesmo título da faixa de Elza Soares, lançada em 1974, não é uma coincidência – trata-se de uma homenagem e culto à rainha da música que inspirou Luciana neste projeto.
Foi em uma audição despretensiosa do disco “Negra” de Elza que Luciana teve a ideia e passou a trabalhá-la e desenvolvê-la, mas ainda sem imaginar o quão grande se tornaria seu plano.
Luciana Oliveira se apresentou em São Luís em novembro do ano passado, onde fez participação no show da banda maranhense Canal Raja, como parte da programação da primeira edição do Festival Cabeça de Nêgo, idealizado pelo jornalista Pedro Sobrinho, contemplado pelo Ocupa CCVM.
Crioulo D´ifé
A Banda Crioulo D’Ifé, criada no dia 8 de agosto de 2013, faz uma alusão a nossa mãe África e ao reino de Ilê-Ifé um grande reino conhecido como o berço dos yorubas , valorizando assim a nossa ancestralidade. A trupe mistura dos mais variados estilos musicais passeando pelo REGGAE, SOUL e ritmos típicos da Cultura Popular do Maranhão, tendo levado o trabalho para diversos espaços dentro e fora do Maranhão.
DJ Pedro Sobrinho
Com cerca de 25 anos de carreira, é bastante conhecido no cenário musical ludovicense. Sua discotecagem é bem versátil e passeia por diversos gêneros musicais tornando seus eventos bem festivos. Para este baile, ele promete preparar um set para ninguém ficar parado. Ingressos: R$ 10,00
Texto: Pedro Sobrinho
Edição: Gutemberg Bogéa